Como já dito, e citando João Paulo II que no documento “vita consecrata” chamou as novas comunidades de vida e aliança e novos movimentos eclesiais de uma “nova forma de consagração na Igreja”, buscamos entregar nossas vidas à Deus, cada um conforme o seu estado de vida e forma de pertença à obra, no sentido de aprofundar nossa consagração batismal e assim, viver a vida com Deus, dedicada a Ele, em união com Ele, na vida de oração, na vida fraterna e comunitária como um “primado do absoluto em nossas vidas”

Contemplação eucarística: A adoração a Jesus sacramentado, especialmente no sentido do silêncio contemplativo da Eucaristia, é a base central da nossa vocação e espiritualidade. É como um centro gravitacional entorno do qual gravita toda a nossa vida, nossas atividades, apostolados e missão, nossa vivência moral e fraterna, tudo parte do Cristo eucarístico, de seu mistério e pessoa que contemplamos dedicadamente todos os dias “entrei para adorar, saí para viver; entrei para adorar, saí para servir”. Nossa vocação não é puramente ou somente contemplativa, mas a adoração contemplativa da Eucaristia é o coração de tudo, de toda nossa vivência e missão. É, de fato, de onde tudo nasce. Na prática nosso tempo diário é dedicado parte à adoração e parte ao serviço.

Vida fraterna espelhada na Eucaristia: O amor ao próximo num chamado de viver como irmãos, partilhando a vida aquece nossa vocação.  “nisto conhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Há um forte chamado a esta vida fraterna no amor de Cristo em nossa comunidade. Especificamente uma vida fraterna que seja espelhada na Eucaristia, como que um transbordamento da Eucaristia, mistério do Amor de Deus, que comungamos e amorosamente contemplamos em adoração. Sentimo-Nos chamados a uma contínua busca de colocar em prática o amor doação do Senhor. A adoração do mistério da Eucaristia nos vocaciona a almejarmos e abrirmo-nos, mesmo que com imperfeições, a uma vida de doação.

Vida missionaria: Gostamos de dizer assim: “Da capela para o mundo”. Como supra citado, nossa vida missionaria precisa ser um transbordamento de nossa vida contemplativa. É partir em missão, é fazer aquela experiência que os discípulos de Emaús fizeram: “então seus olhos se abriram e o reconheceram”.  Dessa experiência contemplativa de iluminação e encontro eles partem em missão para contar o que tinham experimentado:  “contemplata aliis tradere”

Vida de adoração: É uma contínua busca de estar em união com o Senhor “já não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim” Em todos os momentos, difíceis ou fáceis, alegres ou tristes, a busca de unir-se a Jesus, é buscar estar nele e tudo viver nele. Viver todas as coisas ligado a Jesus. Em todos os momentos ligar-se a Jesus é encontrar em Jesus e no mistério de sua vida um sentido para todos os acontecimentos da nossa vida. Com efeito, aqui a lectio divina (leitura orante da palavra de Deus) que praticamos diariamente ganha auto relevo, no sentido de que buscamos permanecer ao longo do dia na palavra da lectio. É sem dúvida uma forma de oração contínua, a saber, permanecer na palavra de cada dia.

Saiba mais sobre praticas de adoração